A retirada, comercialização e consumo de moluscos bivalves (ostras, vieiras, mexilhões e berbigões) em toda a costa de Santa Catarina foram suspensos devido à detecção da toxina ácido ocadaico em várias localidades. A medida, tomada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), visa proteger a saúde dos consumidores.
Monitoramento e Detecção de Toxinas
A Cidasc realiza monitoramento contínuo das áreas de cultivo, analisando contaminantes microbiológicos, ficotoxinas e algas tóxicas. Os moluscos podem absorver algas produtoras de toxinas ao se alimentarem. Quando esses níveis excedem os limites legais, podem causar riscos à saúde, como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia. Embora a toxina não prejudique os moluscos, ela é nociva aos seres humanos.
Resultados das Análises e Medidas de Precaução
A suspensão foi decretada após análises recentes indicarem uma grande floração de algas tóxicas tanto na água quanto nas carnes dos moluscos. A população é orientada a evitar o consumo de moluscos de bancos naturais, como costões e praias.
Explicações e Monitoramento Futuro
“Este é um evento natural que pode ocorrer em determinadas épocas do ano e está relacionado a fatores como correntes marítimas e condições climáticas”, explicou Pedro Sesterhenn, médico-veterinário responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos e das Abelhas na Cidasc.
Próximos Passos
A Cidasc intensificará o monitoramento nos próximos dias e, caso a situação mude, avaliará a possibilidade de liberar a retirada, comercialização e consumo dos moluscos sem oferecer riscos à saúde humana.
A íntegra da nota conjunta emitida pela Secretaria da Agricultura e pela Cidasc pode ser obtida aqui.