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domingo, novembro 10, 2024

Santa Catarina registra queda nas mortes violentas e alcança a 2ª menor taxa do país, revela o Anuário.

Santa Catarina apresentou uma redução no número de mortes violentas e ocupou a segunda posição no ranking nacional com as menores taxas de violência. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, referem-se aos anos de 2022 e 2023.

Redução de Mortes Violentas em SC: Homicídios Dolosos e Latrocínios Tiveram as Maiores Quedas

O 18º anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública detalha números relacionados a CVLI (Crimes Violentos Letais Intencionais).

Entre os estados com maior redução no número de mortes violentas:

  • Santa Catarina ficou atrás apenas de São Paulo, que viu uma diminuição nas taxas de 8,4 para 7,8 por 100 mil habitantes entre 2022 e 2023.
  • SC reduziu de 9,0 para 8,9 no mesmo período.

Essas estatísticas estão alinhadas com o cenário nacional, onde o Brasil registrou uma queda de 3,4% em mortes violentas no período, conforme o anuário. Contudo, o país teve 46.328 mortes violentas intencionais em 2023.

Dados de Santa Catarina:

  • Homicídio Doloso:
    • 2022: 597 registros
    • 2023: 572 registros
  • Latrocínio:
    • 2022: 25 registros
    • 2023: 12 registros
  • Lesão Corporal Seguido de Morte:
    • 2022: 20 registros
    • 2023: 17 registros
  • Policiais Civis e Militares Vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais:
    • 2022: 3 registros
    • 2023: sem registros
  • Morte Decorrente de Intervenção Policial (em serviço e fora de serviço):
    • 2022: 44 registros
    • 2023: 79 registros

Mortes Violentas Intencionais:

  • 2022: 686 registros – taxa de 9,0
  • 2023: 680 registros – taxa de 8,9 (variação de -0,9% entre 2022 e 2023)

Brasil registrou 46,3 mil mortes violentas intencionais em 2023

O Brasil registrou cerca de 46,3 mil mortes violentas intencionais em 2023, uma queda de 3,4% em relação ao ano anterior, totalizando mais de 125 mortes por dia. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Apesar da redução, o Fórum destacou que, globalmente, a taxa de mortes violentas no Brasil é quase quatro vezes maior que a taxa mundial de homicídios. O Anuário contabiliza homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, feminicídios e mortes resultantes de intervenções policiais para chegar ao total de mortes violentas intencionais.

Macapá é a Capital Mais Violenta do País

Segundo a 18ª edição do anuário, Macapá é a capital mais violenta do Brasil, com uma taxa de 71,3 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes. Entre as dez cidades mais violentas do país, seis estão na Bahia, duas no Amapá (incluindo a capital), e uma no Ceará e em Mato Grosso.

Os estados com as maiores taxas de mortes violentas intencionais são Bahia, Pernambuco e Amapá, enquanto São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal apresentam as menores taxas. As regiões Nordeste e Norte continuam a liderar o ranking de violência, com a taxa de mortes violentas no Nordeste sendo 60% superior à média nacional, e na região Norte, 48,8% mais elevada.

Mortes por Intervenções Policiais

Em 2023, foram registradas mais de seis mil mortes decorrentes de intervenções policiais, com 82,7% das vítimas sendo pretos e pardos. As cidades com maiores índices de mortes por intervenção policial foram Jequié (BA), Angra dos Reis (RJ) e Macapá (AP). Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum, afirmou que as mulheres negras são as maiores vítimas de feminicídio, representando quase 64% dos casos. Ele ressaltou a necessidade de ações afirmativas para enfrentar desigualdades raciais e de acesso aos direitos.

Além disso, 127 policiais foram assassinados em 2023, uma queda de 18,1% em comparação com o ano anterior, com 57% dos casos ocorrendo fora do horário de serviço e mais de 69% das vítimas sendo negras.

Investimento em Segurança Pública

O Brasil investiu mais de R$ 137 bilhões em segurança pública em 2023, um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior, incluindo gastos com Guardas Civis Municipais.

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