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quinta-feira, setembro 19, 2024

Investigados da Operação Presságio Debocham da Polícia Civil: “Um Dia Vou Ser Preso”

Um celular apreendido durante a primeira fase da Operação Presságio revelou detalhes cruciais sobre o esquema de desvio de recursos públicos através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis. Entre as mais de três mil conversas analisadas pela Polícia Civil, um dos suspeitos mencionou que acabaria sendo preso pelos desvios.

Detalhes da investigação

O inquérito policial, acessado pela reportagem do Grupo ND, conta com quase 700 páginas.

Suspeito prevê própria prisão em mensagens

Entre as trocas de mensagens destacadas, Renê Raul Justino, preso na segunda fase da Operação Presságio e dono do celular, afirmou que “ainda seria preso” pelas irregularidades apuradas. Em conversa com Adriano Ribeiro, ex-funcionário da Câmara Municipal, Renê declarou que “um dia vai ser preso por isso” e mencionou a intenção de “falsificar dinheiro”.

Esta mensagem foi enviada logo após Renê receber uma transferência de R$ 850,00 via Pix, feita por Adriano, que segundo a investigação, visava justificar uma nota falsificada.

Suspeitos brincam sobre operações da Polícia Civil em troca de mensagem – Foto: Polícia Civil/ Reprodução

Deboche dos investigados sobre a Polícia Civil

Em outra conversa interceptada em 08 de dezembro de 2022, Renê Justino reagiu à notícia de uma operação da Polícia Civil dizendo “bom é que ainda não é nossa”. Em seguida, recebeu um áudio de Ramon afirmando que “nem vai ser! Nem vai ser! Depois te explico o porquê”.

O inquérito revela que Ramon pediu exoneração de seu cargo na prefeitura, mas continuou prestando serviços para a secretaria.

A reportagem do Grupo ND tentou contato com a defesa de Renê Justino e aguarda uma resposta.

Operação Presságio e os desvios de recursos

A Operação Presságio investiga ilegalidades em repasses de verbas da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis para instituições não governamentais através de contratos de fomento. A Polícia Civil alega que esses valores eram utilizados para o enriquecimento ilícito dos investigados.

Na terceira fase da operação, Kelly Mattos de Figueiredo, então Secretária Municipal do Continente, foi exonerada. Além dela, cinco servidores foram afastados por suspeita de envolvimento no esquema.

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