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quinta-feira, setembro 19, 2024

Alerta sobre consumo de moluscos na Baía Sul de Florianópolis devido a manchas alaranjadas

Uma mancha alaranjada no mar avistada da orla da Baía Sul, no Centro de Florianópolis, mobilizou autoridades após a suspeita de vazamento de óleo. O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) foi acionado e constatou que se tratava da “Maré Vermelha”.

O fenômeno foi descoberto após a análise da água feita pelo IMA com a ajuda da Capitania dos Portos, da Marinha do Brasil. A Maré Vermelha é caracterizada pela proliferação de microalgas na água (entenda mais abaixo).

Conforme o órgão, as microalgas encontradas na Baía Sul não são reconhecidas por causarem problemas aos humanos em contato primário com a água, como banho por exemplo.

A região chamada Baía Sul está localizada entre Ilha de Santa Catarina e a região continental da Capital. No local, na região insular, estão regiões habitadas e de grande concentração, como o Iate Clube, que concentra dezenas de embarcações.

Maré Vermelha

Em nota técnica, oceanógrafo Carlos Eduardo Tibiriçá, que trabalha no IMA, concluiu que as manchas avistadas são florações de dinoflagelados, popularmente, conhecidas como “Marés Vermelhas”.

O especialista explicou que a multiplicação das algas ocorre por uma combinação de fatores meteorológicos e oceanográficos.

“A maré vermelha está ocorrendo praticamente em todo o litoral catarinense, sendo um evento de grande escala similar ao ocorrido no ano de 2016. Tivemos um outono muito chuvoso, condição que pode provocar esse tipo de evento, cuja duração pode perdurar por semanas ou até poucos meses”, disse.

Outras espécies de dinoflagelados também estão presentes na Baía Sul, de acordo com o monitoramento constante feito pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Conforme o órgão, não somente na superfície, mas em toda a coluna d’água, está ocorrendo a floração também do dinoflagelados Dinophysis spp, que são produtoras de toxinas diarreicas.

Por isso, a atenção dos moradores deve se voltar para o consumo de moluscos como ostras e mexilhões, que são cultivados na região.

A lista com as ostras e mexilhões afetadas pela toxina pode ser encontrada no site da Cidasc.

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