A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) decidiu continuar com a suspensão da coleta, comercialização e consumo de moluscos bivalves, como ostras, vieiras, mexilhões e berbigões. A medida visa proteger a saúde dos consumidores, pois análises recentes revelaram a presença contínua de níveis elevados da toxina ácido ocadaico nesses animais.
Essa toxina é absorvida pelos moluscos bivalves durante a proliferação intensa da microalga Dinophysis no ambiente marinho. Embora os moluscos não sejam afetados pela toxina e a expulsem naturalmente quando as condições da água mudam, o consumo de moluscos com alta concentração de ácido ocadaico pode causar sintomas gastrointestinais em humanos, como náusea, vômito e diarreia, que podem ser graves em pessoas com saúde comprometida.
O médico-veterinário Pedro Sesterhenn, responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos e Abelhas na Cidasc, ressalta que a proliferação de algas é um fenômeno natural. A Cidasc realiza monitoramento semanal e, assim que as análises indicarem uma mudança na situação, a coleta de moluscos bivalves poderá ser retomada. Esses animais filtram a água e, com a redução da concentração de algas, eliminam naturalmente a toxina.